Auto-indutância e Indutância Mútua |
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Energia Magnética em RL |
A seguir discutiremos o comportamento de um circuito elétrico contendo dois elementos: um resistor e um indutor, como mostra a Fig. 1. Os resistores têm como característica principal a transformação de energia elétrica em energia térmica, já os indutores transformam energia elétrica em energia magnética.
Figura 1- Circuito
elétrico do tipo RL
Para encontrar as equações matemáticas que descrevem o comportamento deste tipo de circuito elétrico, faremos uso das Lei de Kirchhoff.
Kirchhoff
-
Lei dos Nós ou primeira lei de Kirchhoff:
A soma algébrica das correntes que fluem para qualquer nó ou junção de condutores ou circuitos é zero. Esta lei refere-se à conservação da carga. Como conseqüência podemos dizer que a soma das correntes que fluem para dentro de qualquer ponto de junção no circuito é igual a soma das correntes que fluem para fora daquele ponto. |
-
Lei das Malhas ou segunda lei de Kirchhoff:
A soma algébrica dos aumentos e quedas de tensão (potencial) através de qualquer malha fechada é zero. (Uma queda de tensão constitui um ganho negativo de tensão.) |
Esta lei é uma conseqüência da conservação da energia. Ela é simplesmente uma afirmação do fato de que o potencial elétrico pode ser estabelecido em qualquer ponto num circuito estacionário. Para um circuito fechado isto significa que,
(1)
A aplicação destas leis se dá considerando que, em cada ramo, existe uma única corrente dotada de um certo sentido. Ao se aplicar a lei das malhas, ocorre uma queda de tensão, ao se percorrer o resistor no mesmo sentido daquele escolhido para a corrente, e um ganho de tensão ao atravessar uma fonte de fem do pólo negativo (-) para o positivo (+). Se na solução ocorrer uma solução negativa para a corrente, isso quer dizer que a corrente real flui no sentido oposto àquele que se supôs.
Aplicando a segunda lei de Kirchhoff para os circuitos apresentados na Fig. 16.1 temos;
, (2)
. (3)
, (4)
Os dois termos do lado esquerdo da equação (4b) podem
ser agrupados como a seguir;
Substituindo na equação (4) o valor encontrado para A temos que;
Os gráficos na Fig.2 mostram o comportamento da corrente em função do tempo dado pela equação (5).
Fig. 2 - Variação da corrente com
o tempo
Observando a equação (5) nota-se que o circuito terá inicialmente uma corrente variável no tempo por um período muito curto, já que a iind é proporcional a uma exponencial decrescente no tempo. Estes resultados levam-nos a afirmar que, mesmo que a fonte geradora de correntes num circuito elétrico é do tipo não variável no tempo, ela gera instantaneamente correntes induzidas. A corrente induzida deve-se ao aparecimento de uma fonte de energia denominada de força eletromotriz induzida.
A equação (7) mostra-nos também, que a corrente será estabilizada para tempos relativamente grandes. Isto é, para t ®¥ a corrente i no circuito será constante. Veja o gráfico na Fig.2, representando o comportamento i com o tempo.
Para o instante t = t a corrente no circuito é igual a;
(8)
Isto significa que, para t = t, i é igual a 63% do seu valor máximo.
A força eletromotriz induzida pode ser determinada pela taxa de variação do fluxo magnético em função do tempo, isto é,
|
a qual estabelece que a corrente induzida tende a zero para um tempo infinitamente grande, isto é
t ® ¥ Þ di/dt = 0 Þ = 0 (10)
O gráfico (b) da Fig. 2 descreve este comportamento.
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Last Updated: Feb./16/2001
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