![]() Equação de Poisson |
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![]() Capacitor Plano |
Estudamos em seções
anteriores que a carga elétrica em equilíbrio num condutor
se localizará em sua superfície. Veremos agora uma outra
propriedade importante dos condutores a qual estabelece que a quantidade
de carga que eles podem suportar é limitada. Entretanto,
a quantidade de carga que se pode distribuir num condutor não tem
valor definido como seria, por exemplo, a quantidade de água que
um copo pode conter. O caso da carga elétrica poderia ser comparado
ao número de moles de um gás que um balão pode conter.
Sabemos que esta quantidade depende da pressão a que o gás
estiver submetido mas, que haverá um limite para esta quantidade,
pois se a pressão crescer muito, as paredes do balão não
suportando a pressão, serão rompidas e o gás escapará.
Um balão de volume grande pode conter grande quantidade de gás
com pressão relativamente baixa; já um balão pequeno,
com a mesma quantidade de gás, adquirirá uma pressão
muito alta. Não será difícil concluir, por analogia,
que a capacidade de suportar carga de um condutor, chamada de capacitância
do condutor, dependerá das suas dimensões e de sua forma.
Aprendemos também,
que considerando-se o referencial de potenciais no infinito, o potencial
de um condutor isolado e esférico de raio R é dado por:
(1)
Esta equação mostra que relação entre a carga introduzida num condutor e o potencial elétrico produzido pelas cargas é uma constante e depende apenas das dimensões do condutor e da constante k. Essa proporcionalidade , no entanto, não é uma exclusividade do condutor esférico. Pode-se demonstrar que, para qualquer condutor isolado, sua carga Q e seu potencial V são proporcionais, desde que adotemos o referencial de potenciais no infinito. Isto leva-nos então a seguinte relação;
(2)
Onde C é uma constante positiva denominada capacitância
ou capacidade eletrostática
do condutor.
Vemos, desta definição,
que a unidade de capacitância é 1 coulomb por volt (C/V).
A capacitância de 1 coulomb por volt é chamada de 1 farad
(1F) em homenagem a Michael Faraday. As capacitância que variam,
em geral, de 1 pF (pico Farad=10-12F) à 1m
F (micro-farad=10-6). Elas são independente de Q e de
V, isto é, dependem exclusivamente da estrutura e dimensões
do capacitor, como mostraremos em diferentes situações a
seguir.
Dois condutores quaisquer, separados por um isolante, formam um capacitor (ou condensador). Na maioria dos casos de interesse prático, os condutores possuem cargas de iguais valores e sinais opostos, de modo que a carga resultante no capacitor como um todo, é nula. Os capacitores são elementos de um circuito onde se pode armazenar carga elétrica e consequentemente energia em forma de campo elétrico.
Os capacitores são largamente usados em circuitos eletrônicos, onde em geral eles têm a função de acumular energia e usá-la em um momento adequado, como por exemplo para ligar o flash de uma câmara fotográfica ou mesmo em circuitos de rádios como filtros de corrente retificada. Em computadores, em geral, usam-se capacitores muito pequenos como memória RAM (radom access memory), em um sistema binário. Em um circuito eletrônico o capacitor é representado pelos símbolos;
¾| |¾ ou ¾) |¾
O interior de um capacitor, em fase de carga ou descarga, é uma região muito complexa onde temos campos magnéticos e elétricos variáveis no tempo. Isto induz o que denominamos de oscilações em cavidades, cujo conceito será discutido mais tarde. Na animação a seguir mostramos um circuito elétrico contendo um capacitor, uma fonte (bateria) e um resitor (lâmpada). A bateria transfere energia para o capacitor a qual é armazenada em termos de campo elétrico, induzindo cargas positivas e negativas nas placas do capacitor. Ao introduzir o resitor no circuito, surgirá uma corrente instantânea a qual iniciará o processo de transformação de energia elétrica em energia térmica e luminosa, fazendo com que lâmpada acenda. Em seguida o capacitor é recarregado e o processo oscila indefinidamente.
Fig.1- Carga e descarga de um capacitor.
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