Dissipação de Calor em Resitores |
Voltar à página principal |
Força Eletromotriz (fem )
Se desejamos estabelecer
uma corrente elétrica sobre um resistor R, devemos criar uma diferença
de potencial entre os terminais de R. Um modo simples de se produzir tal
efeito, seria conectar um dos terminais de R em uma esfera condutora descarregada
e o outro terminal, em uma segunda esfera carregada negativamente. O problema
principal deste procedimento é que a corrente ou fluxo de elétrons,
de uma esfera para outra, será muito rápido, fazendo com
que ambas esferas fiquem a um mesmo potencial.
Para manter uma corrente
elétrica por um tempo mais longo, precisamos de ter uma "bomba
de carga", isto é um aparelho que mantenha os terminais do
resistor sob uma diferença de potencial V. Estes dispositivos, são
chamados por fontes ou força eletromotrizes (fem)
e um dos mais comums é a bateria, veja Fig.1.
Discutiremos, agora, dois
modos equivalentes de calcular a corrente em um circuito simples como o
da Fig.1. Um destes métodos é baseado na conservação
da energia e o outro no conceito de diferença de potencial elétrico.
O circuito da Fig., contendo uma única malha, consiste apenas de
uma bateria (fem )
e uma resistência R, os quais estão conectados por fios condutores
e sem resistência. No caso real as baterias têm uma resistência
interna, representada aqui pela letra r.
- Método 1 : Conservação da Energia
O processo de criação de uma corrente elétrica em um condutor, por aplicação de uma diferença de potencial entre os seus terminais, implica na realização de um trabalho para mover cada elétron na presença do campo elétrico E. Este trabalho é igual a;
. (1)
Usando o princípio da conservação de energia, o trabalho realizado pela bateria deve ser igual a energia térmica dissipada no resistor, então:
onde Re = R + r é a resistência equivalente do circuito. A equação (2) pode ser reescrita por;
, (3)
isto significa que, no processo de transferência provocado pela bateria, a fem pode ser definida em termos da energia por unidade de carga. A quantidade Ri é a energia usado na movimentação das cargas no interior do condutor.
- Método 2 : Diferença de Potencial Elétrico
Calcularemos agora a soma
algébrica da diferença de potencial entre pontos distintos
do circuito elétrico na Fig.1. Para isto, percorreremos o circuito
no sentido horário (ou anti-horário) partindo do ponto "a"
e retornando a este ponto no final do percurso. Assumiremos que o potencial
elétrico só pode ter um único valor em cada ponto
do circuito, para um dado instante de tempo. Se escolhemos um ponto de
partida neste circuito e o percorremos em um dos dois sentidos, horário
ou anti-horário, somando algebricamente as variações
de potencial encontradas no caminho. Ao voltar ao ponto de partida devemos
encontrar o mesmo valor do potencial, isto é, a variação
total de V deve ser igual a zero. Em outras palavras podemos dizer que:
A soma algébrica das variações do potencial elétrico encontrados ao longo de um percurso completo, deve ser igual a zero. |
Esta regra é conhecida como Segunda Lei de Kirchhoff ouLei das Malhas.
Imaginemos um percurso, realizado no sentido horário, sobre o circuito da Fig. 1, como discutido acima. O ponto de partida pode ser um ponto qualquer, como por exemplo o ponto "a", onde o potencial é Va. Ao atravessarmos o resistor, notamos uma variação no potencial igual -iR, onde o sinal negativo indica que o potencial extremo superior é maior do que o potencial no extremo inferior. Isso decorre simplesmente do fato de que portadores de cargas positivas movem-se espontaneamente do potencial mais alto para o potencial mais baixo. Ao atravessarmos a bateria de baixo para cima, há um aumento no potencial igual a +, pois a bateria executa um trabalho positivo, sobre as cargas, levando-as de um potencial mais baixo para um mais alto. Isto significa que a bateria funciona como uma fonte de realimentação energética das partículas carregadas, já que elas perdem energia ao passarem pelos resistores. Como a fonte tem uma resistência interna (r), devemos adicionar uma queda no potencial de -ir. Dai chegamos novamente ao ponto "a" com potencial Va. Esta soma algébrica é igual a;
Voltar à página principal |
Electronic
Address : kcmundim@unb.br
Last Updated: Aug/24/99
Copyright 1997: Kleber
C. Mundim. All rights reserved.
Register No 169.766 -
Biblioteca Nacional - Ministério da Cultura